TENET: Filme de Christopher Nolan convida os espectadores a retornarem ao cinema
“Tenet” é o primeiro grande lançamento após reabertura de alguns cinemas no Brasil e fala sobre inversão temporal. Apesar dos […]
“Tenet” é o primeiro grande lançamento após reabertura de alguns cinemas no Brasil e fala sobre inversão temporal. Apesar dos diversos adiamentos em função da pandemia, o novo filme de Christopher Nolan estreiou no exterior no mês passado e chega aos cinemas brasileiros hoje, dia 29. O diretor é responsável por grandes obras como “A Origem” (2010), “Interestellar” (2014), entre outros.
John David Washington interpreta O Protagonista (assim mesmo, sem nome definido), um ex-espião da CIA com a difícil missão de impedir uma terceira guerra mundial. Porém, essa suposta terceira guerra mundial já aconteceu no futuro, mas através de uma tecnologia de reversão do tempo (criada nesse futuro, onde acontece a guerra) ainda é possível de impedir a catástrofe. Vocês pensaram que um filme do Nolan teria enredo simples? Rsrsrs
Essa tecnologia reversa pode ser compreendida até mesmo em uma das cenas do trailer. Na cena em questão, a cientista mostra ao Protagonista que ao invés de ele disparar um tiro contra uma parede, por exemplo, basta que ele posicione a arma naquela direção, que a bala (que já foi disparada no futuro), retorne até à pistola. Confuso sim, mas depois piora um pouco. Veja o trailer de Tenet:
Normalmente cheios de paradoxos e viagens no tempo, os filmes do Nolan costumam ser “ame ou odeie”.
Eu pessoalmente amo quase todos, portanto minha expectativa estava bastante alta com esse lançamento. Por mais confusa que pareça a trama, normalmente os filmes do diretor apresentam explicações coerentes ao longo do desenrolar, permitindo um entendimento quase que total assistindo apenas uma vez. Não é o caso de Tenet.
Neste, o excesso de informações se confunde nas cenas de ação tornando-se arrastado até seu desfecho. A primeira hora do filme é incrível, porém da segunda em diante parece que se torna cada vez mais confuso e com pontas soltas. O final é bom, mas de uma reviravolta tão grande que torna quase que obrigatório assistir ao filme pela segunda vez. Eu pretendo assistir novamente sim, e acho que isso me trará um aspecto mais positivo em relação à obra.
Tenet traz atuações ótimas, principalmente a do John David Washington – que eu não conhecia até então – e do Robert Pattinson (que só aumenta a expectativa para o próximo Batman). A personagem Kat (vivida pela Elizabeth Debicki) também traz um apelo emocional muito interessante à trama. Além disso, a trilha sonora desta vez é composta pelo sueco Ludwig Göransson (de produções como “Pantera Negra”, “Venom” , entre outros), e traz uma energia potente ao filme, especialmente nas cenas de ação, que são muitas.
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De modo geral, eu gostei de Tenet. Nunca vou colocar os termos “pior filme” e “Nolan” na mesma frase. Nunca. Mas se formos comparar com as obras anteriores, o longa é inferior sim. A história em si é muito interessante, mas o atropelo de informações complexas e a quase que necessidade de assistir novamente prejudicou, pra mim. Espero rever para entender tudo e mudar isto.
Sobre a segurança no retorno aos cinemas:
Imagino que muitos de vocês possam estar com dúvidas quanto às mudanças na higiene e segurança nas reaberturas do cinemas. Vou explicar um pouco sobre como está funcionando, ao menos no GNC Praia de Belas – onde participei da cabine de imprensa:
Não era possível a criação de “grupinhos” para conversar nem antes nem depois do filme. Na hora de entrar ficávamos bem longe uns dos outros e na hora dos assentos, ficam bloqueados dois para cada lado, e dois nas fileiras da frente e de trás. Também está sendo realizada uma sanitização com pulverizadores das salas após cada exibição. Além disso, o sistema de ar-condicionado foi modificado, permitindo a renovação do ar que vem da rua. Era obrigatório o uso de máscaras durante toda a sessão.
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